TRABALHO DE NEUROPSICOLOGIA
Analisando as atividades de uma Equipe Multiprofissional
Analisando a atuação dos seguintes Profissionais um Hospital
- A função de um médico dentro de uma Equipe Multiprofissional
- A função de um Fisioterapeuta dentro de uma Equipe Multiprofissional
- A Interligação do Neuropsicólogo com esses Profissionais
I A ATUAÇÃO DO MÉDICO EM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL:
A equipe multidisciplinar na saúde é formada por um grupo de profissionais que trabalham em conjunto com o objetivo de perceber o paciente em sua integralidade. Geralmente é formada por enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogo, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, educadores físicos, assistentes sociais e psicólogos.
No ambiente hospitalar o princípio da integralidade, preconizado pelo Sistema Único de Saúde, pouco acontece, pois não há a real discussão dos casos pela equipe multi. Sendo assim o médico ainda é a autoridade máxima (0 Manda-Chuva), os demais profissionais apenas aplicam suas práticas de acordo com a decisão médica. As chamadas “visitas” multi” que seriam o momento para todos debaterem as reais necessidades e possíveis intervenções para o paciente, torna-se apenas um momento para o médico decidir as condutas.
Assim as decisões dos médicos passam a ser absolutas e dificilmente são contestadas, pois tem-se a ideia de serem os detentores do saber na saúde. No hospital p. ex., é protocolo a prescrição médica vir escrito os procedimentos que devem ser realizados pelos outros profissionais da equipe, o que afeta diretamente sua autonomia.
No caso da atuação da Fisioterapia, o medico solicita que seja realizado certas modalidades fisioterapêuticas, entretanto, o fisioterapeuta tem total autonomia e conhecimento para avaliar e decidir qual terapia será a melhor para cada indivíduo, porém acaba não fazendo por ter que seguir os protocolos do hospital. Neste caso o paciente acaba não se beneficiando de outras possíveis possibilidades de tratamento.
Qual seria a solução para possíveis mudanças? No Brasil onde a medicina é super valorizada e o medico é visto como Deus de todo o saber, a mudança vem acontecendo de forma muito discreta. Pode-se perceber que que são grande os esforços de diversas politicas e programas de saúde afim de se ter a integração dos saberes, a própria equipe multiprofissional é um grande passo para se alcançar tal objetivo apesar de muitos percalços ainda é uma das melhores maneiras de se garantir a plena autonomia de todos os profissionais no cenário da saúde, também se espera uma mudança comportamental e o reconhecimento do outro como um profissional possuidor do saber e de ampla contribuição para a melhoria da saúde dos indivíduos. https://www.yotube.comwatch?v=wOqOSD7DJw
II A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Para definir uma equipe interdisciplinar é preciso haver princípios básicos para a formação da mesma que incluem o conhecimento abrangente de cada área específica, os estudos, conceitos, abordagens, obtendo maiores informações possíveis para a realização de um tratamento eficaz frente a patologia variadas e necessidades diversas, onde, há dentro da equipe, troca de saberes, experiencias, respeito, ética, sujeitando-se a própria ação.
Assim sendo, dentre as áreas profissionais que fazem parte da equipe interdisciplinar, destaca-se a fisioterapia, uma profissão que surgiu após a II Guerra Mundial, em razão dos inúmeros casos de mutilação, limitações funcionais e psicológicas, da extrema necessidade de reabilitação física e psíquica desse indivíduos, com trabalho em equipe, promovendo uma nova condição em seu estado pós-guerra. Proveniente da medicina da medicina, a fisioterapia, tratada como formação técnica, utilizava recursos físicos para a reabilitação do ser humano, sendo realizada somente com diagnóstico e prescrição médica, submetendo-se a uma hierarquia onde os médicos se destacavam e os fisioterapeutas e demais profissionais permaneciam submissos. Ao longo dos anos, estudos, foram mostrando a complexidade da formação profissional para o tratamento físico desse paciente, tratando-o como um todo, em vista disso é necessário haver um trabalho de forma preventiva, curativa e de reabilitação e a fisioterapia vem atuando nessas três fases para prevenir, diagnosticar e tratar as enfermidades.
A atuação do fisioterapeuta nessa equipe condiz com o ato de prevenção primária, secundária, terciária e na reabilitação como agente multiplicador de saúde, desenvolvendo suas atividades em interação com uma equipe multiprofissional e de forma interdisciplinar. Tendo habilidade para atuar em todas as fases da vida (infantil, adolescência, adultos e idoso), atendendo pacientes com enfermidades crônicas ou degenerativas, acamados ou impossibilitados, assim como realizando imobilizações de fraturas, mobilização de secreções em pneumopatas, tratamento de paciente com Acidente vascular cerebral (AVC), tratamento de pacientes cardiopatas durante o pré e pós cirúrgico , analgesia através da manipulação e do uso da eletroterapia. Podendo encaminhá-los a tratamentos mais complexos se necessário. Segundo Pinho, para formação dessa equipe é preciso haver uma avaliação do estado, complexidade e necessidade da situação do paciente, de fato, uma ação interligada dos profissionais traria benefícios que, individualmente, o profissional não poderia obter, já que o trabalho em visa inserir conhecimento individuais, que em conjunto para resposta de um bem comum, a saúde do paciente.
Inda que exista certa dificuldade na interação, relação e ligação entre os profissionais, essa forma de trabalho não é base de aprendizado em período de graduação, é de suma importância esse relacionamento, conhecimento e troca de valores.
III A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR E SUA INTERFACE COM A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.
A psicologia hospitalar é uma área do conhecimento que visa fornecer suporte ao sujeito em adoecimento, com o objetivo de que este possa atravessar essa fase com maior resiliência, é um campo de entendimento e tratamento dos aspectos biológicos em torno e psicológicos em torno do adoecimento e não somente doenças psicossomáticas.
Alguns autores acreditam que o profissional da psicologia inserido no contexto hospitalar não tem consciência de quais sejam suas tarefas e seu papel dentro das instituições, ao mesmo tempo em que o hospital também tem dúvidas quanto ao que esperar desse profissional. Desse modo o distanciamento da realidade institucional e a inadequação da assistência mascarada por um falso saber pode gerar experiencias mal sucedida. Procurando entender a construção do papel do psicólogo hospitalar na atualidade, verificando a construção histórica do perfil desse profissional na realidade brasileira e seus possíveis desdobramentos levando em consideração sua atuação na dimensão assistencial e na saúde pública atualmente.
O adoecimento traz em si uma desorganização da vida do paciente provocando várias transformações em sua subjetividade ( CHIATTONE, 2011) – Essa desorganização pode envolver mudanças de hábitos, de identidade (despersonalização), e muitas vezes o paciente pode acabar se tornando apenas mais um numero de CID e de leito ( ESTIVALET, 2000), sendo assim, junto com a equipe multidisciplinar surge a figura do psicólogo com o intuito de escutar e acolher o sofrimento do individuo frente as suas principais dificuldades o que tange essa fase, o objetivo do psicólogo hospitalar é auxiliar o paciente em seu processo de adoecimento, visando a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, devendo prestar assistência ao paciente, seus familiares e a toda equipe de serviço, levando em conta um amplo leque de atuação e a pluralidade das demandas ( CHIATTONE, 2011).
A atuação do profissional de psicologia, no contexto hospitalar não se refere apenas á atenção direta ao paciente, refere-se também a atenção a família e a equipe de saúde, com o objetivo de promover mudanças, atividades curativas e de prevenção, além de possibilitar a diminuição do sofrimento que a hospitalização e a doença causam no sujeito. Santos, Jacó-Vilela, (2009) Gioia-Martins; Rocha Júnior (2001) acreditam que o profissional de psicologia inserido no contexto hospitalar não tem consciência de quais sejam suas tarefas e, seu papel dentro das instituições, ao mesmo tempo em que o hospital também tem dúvidas quanto ao que esperar desse profissional, desse modo o distanciamento da realidade institucional e a inadequação da assistência mascarada por um falso saber, enquanto os demais profissionais da equipe tem seu foco voltado para as patologias do paciente, o psicólogo se volta para a subjetividade e seu sofrimento psíquico formando assim que se chama de humanização hospitalar.
O papel do psicólogo, ao trabalhar com o paciente enfermo, o psicólogo lida com o sofrimento físico e psíquico , tendo que compreender o sujeito em sua integridade, entendendo e considerando o conflito determinado pela situação da doença e da hospitalização, o sofrimento físico, a dor e o mal-estar, destacando que a necessidade do atendimento psicológico muitas vezes não é percebido pelo paciente, pois diante da situação em si, todas preocupações estão voltadas para o corpo doente, fazendo necessário então que a atuação preventiva no contexto hospitalar se torne real , com o objetivo de oferecer ajuda para que os pacientes possam alcançar o reconhecimento das motivações que estão subjacentes a seus problemas, destacando-se precocemente ao diagnóstico de transtornos psicológicos do paciente e seus familiares, em trabalho diário com o objetivo de decodificar suas dificuldades.
Sendo assim, a atuação do psicólogo com os demais profissionais no caso aqui, o médico e, o fisioterapeuta, se torna necessário para essa troca de saber complementando-se um ao outro, para o bem-estar do sujeito , tornando assim a humanização nas instituições hospitalar .
Tiago de Oliveira
RA nº 71122000049