Psicoterapia Breve e Neuropsicológica

TRABALHO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOLOGIA:

 Psicoterapia Breve e Neuropsicológica

 Docente: Dra. Rosimeire Vieira da Silva

 Aluno: Tiago de Oliveira  – RA: 711.220.00049

 

QUESTIONÁRIO

 

  1. Que tipo de abordagem psicológica deve ser aplicada em Psicoterapia Breve?

A Psicanálise e a Terapia Cognitiva são fortes exemplos de abordagens terapêuticas, embora apresentem conceitos distintos, ambas as linhas de tratamento de problemas emocionais e transtornos mentais.

A psicoterapia é um tratamento para os transtornos emocionais e conflitos internos do ser humano a  psicoterapia surgiu no intuito de ajudar, de forma eficaz e eficiente, o ser humano que está doente ou sofrendo, e, embora não haja consenso em sua definição, Ramadan a descreve como “todos os métodos terapêuticos essencialmente baseado na comunicação e relacionamento sistematizados entre as pessoas envolvidas. (Márcio A. Bremik. Francisco Lotufo Neto _ Instrumento de avaliação em Psicoterapia) – em saúde mental. Artmed.

Na psicoterapia brevepode ser usadas algumas abordagens, onde a figura do psicoterapeuta é bem mais diferente do que é visto na psicanálise enquanto, nessa, a postura é mais neutra e passiva, na psicoterapia breve. (ACT-Instituo Hipnose Milton Erikson). A abordagem Psicodinâmica (Iniciada no sec.  XX) é uma das abordagens usadas na psicoterapia breve, também a abordagem Cognitiva Comportamental – e a teoria de aprendizagem (Skinner).

Terapia Cognitiva Comportamental:

O Dr. Aaron T. Beck, M.D., na época professor assistente de psiquiatria na University of Pensylvania, deu início a uma revolução no campo da saúde mental, Beck era psicanalista com formação completa e atuante. Fundamentalmente um cientista, ele acreditava que, para que a psicanálise fosse aceita pela comunidade médica, suas teorias precisariam ter demonstração de validação empírica, no final de 1960 e início de 1970, dedicou-se a uma série de experimentos que, esperava ele, comprovassem perfeitamente essa validação.

Ao invés disso, aconteceu o contrário. Os resultados de seus experimentos levaram-no a busca de outras explicações para a depressão. Ele identificou cognições negativas e distorcidas (principalmente pensamentos e crenças) como característica primária da depressão e desenvolveu um tratamento de curta duração, no qual um dos objetivos principais era o teste de realidade do pensamento depressivo do paciente. _ Judith S Beck _ Terapia Cognitivo-Comportamental (Teoria e Prática) Artmed (2013).

Quais são as principais abordagens psicológicas deve ser aplicada em Psicoterapia breve?  A terapia Cognitiva Comportamental, de Aaron Beck, foi quem deu origem aos estudos dessa abordagem, quando ele entendeu a influência da cognição _ pensamentos, percepção de mundo _ sobra as emoções, comportamentos e o conseqüente desenvolvimento de transtornos nos pacientes. Trata-se de uma abordagem bastante diretiva e que pode ser aplicada em todos os tipos de transtornos com efetividade.

Psicologia humanista:   

A corrente humanista, foi criada por Carl Rogers e, segundo essa linha teórica, todo ser humano possui uma tendência a realização, que pode levá-lo a se desenvolver e evoluir em qualquer direção que queira, nessa abordagem o papel do terapeuta  não é o de tratar neuroses ou identificar as causas de um problema, e sim o de proporcionar um ambiente acolhedor para o indivíduo  consiga crescer e alcançar o melhor de si.

Fenomenologia:

Também e considerada como uma das principais abordagens da psicologia, a psicoterapia fenômeno lógica teve em sua história a participação de nomes como Jean-Paul Sartre, Edmund Husserl e Martin Heidegger. Na visão dessa escola, cada ser humano experimenta o mundo de maneira única. Os fenômenos ocorrem quando o indivíduo se junta, de corpo e mente, aos acontecimentos e dão sentido ás suas vivências.

Análise Junguiana:

Carl Gustav Jung foi outro nome de grande influência na história da psicanálise. No entanto, seu pensamento trouxe considerações um pouco diferentes a da que foram apresentadas na escola Freudiana, no lugar da associação livre, a análise, Junguiana aposta na técnica da imaginação ativa, na qual o paciente aprende a libertar suas fantasias e conhecer os outros personagens que habitam em sua mente.

Psicanálise:

Essa escola, considerada a primeira da psicoterapia, teve Sigmund Freud como a grade precursora, alguns conceitos da teoria freudiana foram tão difundidos que caíram no conhecimento do grande público.  Nessa teoria psicanalítica o terapeuta auxilia o paciente a resgatar e reintegrar conteúdo do seu inconsciente, desde os que aparecem em sonhos até aqueles que nunca foram acessados. (www.Cognitivo, acessado em 19 de julho de 2019)

2.Por que a motivação é um critério importante para a indicação do tratamento em Psicoterapia Breve?

A psicoterapia breve psicodinâmica pratica e os critérios de indicação, do ponto de vista teórico, a psicoterapia insere-se no chamado modelo relacional, com ênfase nas relações interpessoais. A prática clínica e de pesquisa têm indicado que a maior parte das demandas por psicoterapia está ligada a dificuldades e situações envolvendo relacionamentos interpessoais específicos, para as quais colaboram fortemente as expectativas irrealistas do sujeito em relação a si mesmo e/ou aos demais, assim como avaliações inadequadas das expectativas que o os outros têm em relação a ele (Strupp & Binder, 1984).

Com base nesses pressupostos, atenta-se para a qualidade adaptativa de suas respostas a essas situações, procurando-se aferir o grau de prazer que vem obtendo, á medida que consegue ou não a satisfação de suas necessidades e a natureza entra ou interpsíquica do conflito vivido (Simon, 1983; 1996). De maneira geral, o paciente que busca auxílio de um profissional já superou importantes barreiras, internas e/ou externa, já foi capaz de admitir para si mesmo que tem um problema, muito provavelmente já procurou outras maneiras para superá-lo, não desistiu ou se deixou abater e vem, para o psicólogo, disposto a compartilhar seu sofrimento na esperança de obter, na ajuda qualificada, uma solução para as suas dificuldades. Diz-se, nesses casos, que eles se encontram motivado para a mudança. P. ex. (Enéas, 1993).

Trata-se naturalmente de motivação relativa, que pode ser aumentada, mantida ou diminuída, em virtude da natureza do vínculo estabelecido com o terapeuta. E nesse sentido, cabe ao profissional colocar-se empaticamente e de forma acolhedora, facilitando a exposição e verbalização dos motivos que levaram o paciente á consulta, criando as condições necessárias para o desenvolvimento de uma boa aliança terapêutica.

Quando são dadas as condições necessárias, a maioria dos pacientes refere já se sentir muito melhor por volta da quarta sessão, podendo reconhecer melhoras significativas no seu ânimo e na capacidade de enfrentamento da situação-problema (Hoyt, 1995. Há indicações convincentes, na literatura e também na experiência da autora do texto, que a mudança legítima decorre de uma “experiência emocional corretiva” (Alexander & French, 1946), que não necessariamente depende de um longo tempo para ocorrer.

Por “experiência emocional corretiva” entendem-se a reexposição do paciente em condições mais favoráveis, as situações emocionais ainda não superadas (Alexander & French, 1946/1956), não sendo suficiente uma compreensão intelectual de seu problema, mesmo quando se trata de psicoterapia breve.   Devido ao fato de a ajuda prestada visar a responder a uma demanda específica, não significa que tenha impacto apenas sobre o setor da personalidade que motivou a busca pela terapia. Quando a psicoterapia breve é bem-sucedida, as mudanças positivas tendem a se generalizar a diferentes áreas do psiquismo, transcendendo os limites do foco estabelecido para o atendimento (Lambert, 1991). Uma pessoa pode procurar ajuda psicológica em virtude de um conflito conjugal ou o receio de fracassar no novo emprego, e, em decorrência da ajuda psicológica, rever suas atitudes e expectativas em relação ao outro ou outros em diferentes contextos, tratando de adequá-las e redimensioná-las a níveis mais compatíveis com sua realidade. Na medida em que essa mudança se verifica, sua conduta em relação aos outros se modificará e, provavelmente, eles também reagirão de forma diferente, reforçando a auto-imagem renovada e a autoconfiança, num efeito cascata que se pode ampliar para outros níveis de funcionamento, tais como: as atitudes  em relação ao futuro, a confiança nos próprios  recursos e assim sucessivamente. Segundo essa perspectiva, a mudança psicológica pode ser vista como um processo que comporta diferentes níveis de consciência do problema e, por conseguinte, diferentes níveis de implicação do sujeito no processo (Prochaska,1955). Por outro lado, o nível de consciência encontra-se relacionado aos recursos adaptativos, que correspondem á capacidade de enfrentamento das situações de vida (Simon, 1983).  (Elísia Médici Yoshida  _ Pontifício Universidade Católica de Campinas)

 

3.Qual a importância da primeira sessão durante o processo de psicoterapia

A importância da relação terapêutica na adesão ao processo psicoterápico (Portal Comporta-se – Psicologia & AC). O processo terapêutico tem por objetivo a mudança comportamental do cliente, essa mudança é fundamental para que o cliente modifique padrões comportamentais que lhe trazem sofrimento. Os resultados desse processo dependem de muitas variáveis que estão relacionadas ao comportamento do cliente e ao próprio terapeuta, levantarem questões e variáveis que possam estar relacionadas a esse processo terapêutico a meu ver uma reflexão importantíssima para o desenvolvimento de um profissional da área de psicologia. (Amona Lima-14 de Maio de 2017). O primeiro contato com o terapeuta é primordial para a adesão ao tratamento psicoterápico e a assiduidade das sessões. A forma como o terapeuta recebe o cliente (paciente), como se comporta diante do relato da queixa, como se veste, o tom como fala, o quanto acolhe o cliente (paciente) e sua demanda, provavelmente  são características observadas pelo paciente ao chegar ao consultório para uma sessão psicoterápica e que muitas vezes irão determinar a continuidade do processo e a relação terapêutica .

A cautela do terapeuta quanto a sua apresentação e a forma como interage com o paciente (cliente) devem expressar segurança, atenção, disponibilidade, acolhimento, cordialidade e competência_ (Otero, 2012). A partir desses cuidados o estabelecimento do vínculo é formado e passa ao tratamento a ser a ponta pé inicial para uma relação terapêutica que favoreça uma adesão ao tratamento e sua continuidade.

Na percepção de Skiner a primeira tarefa do terapeuta é fazer com que o cliente (paciente), se sinta confortável, não punindo ou criticando, ou seja, que estabeleça vínculo suficiente nos primeiros encontros para criar meios da relação terapêutica favorecer a continuidade e  ser reforçadora  para que tenha resultados efetivos no processo.  Ainda segundo Skiner, (1953) a psicoterapia é uma agência de controle especial, onde o terapeuta desde o início está em uma posição diferente dos outros membros da sociedade, estabelecendo uma relação diferente de todas as outras que o cliente já tenha experimentado, a primeira tarefa do terapeuta é fazer com que o cliente se sinta confortável, não punindo ou criticando, ou seja, que estabeleça vínculo suficiente nos primeiros encontros para criar meios da relação terapêutica favorecer a continuidade e de ser reforçadora para que tenha resultados efetivos no processo ( Skinner-1953)

A relação terapêutica não é uma relação comum, como a que acontece entre amigos e familiares, essa relação pressupõe sim uma relação de intimidade, mas onde é utilizada para favorecer que o cliente se sinta confortável para relatar sobre suas queixas de forma genuína (Marmo,2012). Podemos dizer que a relação terapêutica com o cliente tem início já no primeiro contato e muitas vezes este acontece ainda por telefone, então a partir desse momento uma série de comportamento do terapeuta passa a ser analisados pelo cliente para que para que ocorra seu engajamento na terapia.

4.O que é preciso para identificar o foco a ser trabalhado em Psicoterapia Breve ainda nas primeiras duas sessões e qual a sua importância?

O foco a ser trabalhado nas duas primeiras sessões, dentro da abordagem, Cognitivo Comportamental e, psicodinâmica, está no tripé, no aspecto que a pessoa trás para a primeira sessão para ser discutido. O conceito de psicoterapia breve, tem uma meta, que é alcançar a cura, retornando a condição psíquica anterior a doença, esse é o foco a ser alcançado para trazer alivio a pessoa, esse objetivo de tratamento de natureza psicológica  buscando o equilíbrio  anterior, esses níveis de ação busca o clareamento (pedagógico) , o esclarecimento( alternativas), resolução (mundo interior)  _ Slide 10.

5.Considerado o verdadeiro marco da Psicoterapia Breve, explique porque a experiência emocional corretiva garante a cura da experiência traumática do paciente que sofre e quando a psicoterapia breve é contra indicada?

 

A experiência emocional corretiva _ nas técnicas cognitiva, aliança terapêutica, objetivando o foco na resolução do problema. Feita durante a imagética, nos mostra que a  experiência emocional nessa abordagem ajuda para que o paciente resolva o conflito emocional nuclear, por meio das palavras do psicoterapeuta, como se  estivesse trazendo uma solução para o problema, como sendo uma segunda realidade da experiência pregressa.

Proporcionando uma experiência emocional, ao paciente, a chance de correção, onde a pessoa enfrenta a situação podendo dar uma nova significação, (elaboração psíquica) daquela situação traumática o corre que o cérebro não distingue o real do imaginário (S.Ferenczi e Ranck (1924). De maneira geral, paciente que busca auxílio de um profissional já superou importantes barreiras internas e/ou externas, já foi capaz de admitir para si mesmo que tem um problema, muito provavelmente já procurou outras maneiras para superá-lo, não desistiu ou se deixou abater e vem, para o psicólogo, disposto a compartilhar seu sofrimento na esperança de obter, na ajuda qualificada uma solução para as suas dificuldades. Diz-se, nesses casos, que ele se encontra motivado para a mudança _ (Enéias 1993).

Trata-se naturalmente de motivação relativa, que pode ser mantida ou diminuída, em virtude da natureza do vinculo estabelecido com o terapeuta.  E nesse sentido, cabe ao profissional colocar-se empaticamente e de forma acolhedora, facilitando a exposição e verbalização dos motivos que levaram o paciente á consulta, criando as condições necessárias para o desenvolvimento de uma boa aliança terapêutica. Quando são dadas as condições necessárias, a maioria dos pacientes refere já se sentir melhor por volta da quarta sessão, podendo reconhecer melhoras significativas no seu ânimo e na capacidade de enfrentamento da situação-problema (Hoyt, 1995).

Há indicações convincentes, na literatura e também na experiência da autora, de que a mudança legitima decorre de uma “experiência emocional corretiva” (Alexander & French, 1946/1956, que não necessariamente depende de um longo tempo para ocorrer. Por “experiência emocional corretiva” entende-se a reexposição do paciente, em condições mais favoráveis, a situações emocionais ainda não superadas (Alexander & French 1946/1956), não sendo suficiente uma compreensão intelectual de seu problema, mesmo quando se trata de psicoterapia breve.

Devido ao fato de a ajuda prestada visar a responder uma demanda específica, não significa que tenha impacto apenas sobre o setor da personalidade que motivou a busca pela terapia. Quando a psicoterapia breve é bem-sucedida, as mudanças positivas tendem a generalizar a diferentes áreas do psiquismo, transcendendo os limites do foco estabelecido para o atendimento (Lambert, 1991).

Quando uma pessoa procura a ajuda psicológica em virtude de um conflito conjugal ou o medo de fracassar em novo emprego, e, em decorrência da ajuda psicoterápica, rever suas atitudes e expectativas em relação ao outro ou outros em diferentes contextos, tratando de adequá-las e redimensioná-las a níveis mais compatíveis com sua realidade. Na medida em que essa mudança se verifica, sua conduta em relação aos outros também se modificará e provavelmente, eles também reagirão de forma diferente, reforçando a auto-imagem renovada e a autoconfiança, num efeito cascata que se pode ampliar para outros níveis de funcionamento, tais como: as atitudes em relação ao futuro, a confiança nos próprios recursos e assim sucessivamente.

Segundo Alexander & French, (1946/1956, não é necessariamente um tempo longo para ocorrer a cura, por essa razão a “experiência emocional corretiva” desenvolve as ferramentas necessárias para a cura das experiências traumáticas do paciente já mencionada anteriormente, esse tipo de terapia é contra indicado para pacientes com que tem a dificuldade de adaptação e, consciências de suas  mudanças e, que precise de um tempo maior para o processo adaptativa.

 

 

6.Segundo a psicanálise, como se dá a transferência e qual sua relevância dentro do processo psicológico na Psicoterapia Breve?

Segundo alguns exemplos aplicáveis nas relações interpessoais, exemplificando para uma ilustração mais pratica do que é a transferência para a psicanálise, p.ex. se um indivíduo é tratado por outro como pai, ele terá autoridade para lhe dizer o que fazer. Não obstante, você o indivíduo vai esperar do outro um retorno, que seria algo com o amor e cuidados paternos.

A transferência, a priori, pode ser revertida em ganhos positivos para o paciente. A depender da maneira que ele elabora as ferramentas internas para decodificar e ressignificar suas “personagens”. Essas personagens são vislumbradas em outras pessoas que, de certa forma, remetem às suas próprias lacunas existenciais. Como se uma pessoa próxima preenchesse um vazio ou a falta em outra pessoa. Este vazio pode ser de alguém que lhe faz falta ou de alguma figura ou personagem importante em sua vida, como um pai, ou uma mãe.

O terapeuta passa a substituí-las, isto é, esses desejos ou figuras são transferidos para o analista. Junto dela, impressões dos primeiros vínculos afetivos podem ser vivenciadas e sentidos na atualidade. Dentro desse intuito, a transferência se torna um grande instrumento por meio do qual o analista pode trabalhar o passado do paciente. Dessa forma, o manuseio da transferência é considerado a parte mais importante da técnica de análise. De acordo com estudos psicanalíticos da transferência, Freud, criou e sistematizou uma teoria da técnica analítica. Assim permitindo a compreensão e a articulação de fenômenos clínicos suscitados pelo tratamento.

A superação de angustias psíquicas durante a terapia, esse acesso ao passado por meio da transferência é muito importante ao analista, e sua relevância no processo psicológico na psicoterapia breve, se dá, por meio do auxílio ao  paciente em mergulhar em seu passado que pode estar lhe causando sofrimento naquele momento. Devido a sua descoberta, Freud, durante a análise, primeiro se detém nos fatores determinantes que fizeram o paciente adoecer, em seguida, ele analisa a reorganização defensiva que ocorre após o adoecimento.

Então, Freud busca uma possibilidade de esses fatores darem lugar a alguma influência terapêutica. Isso com o intuito de encorajar o neurótico a superar o conflito entre os seus impulsos da libido e, dessa forma, recuperar a sua saúde psíquica. Essa saúde psíquica pode ser entendida, segundo o método psicanalista, como o tornar-se livre da ação inconsciente dos impulsos reprimidos.

Freud, desde cedo, descobriu que a repressão advinha dos mecanismos   coercitivos da sociedade intensifica o conflito interno. Conflito entre forças psíquicas de naturezas distintas, a libido contra a repressão. Uma tendência sexual e uma tendência ascética coexistindo no interior da personalidade. Ao analisar a transferência, o psicanalista consegue ter maior acesso a esse conflito, Freud e a suas descobertas de transferência. Dinâmica da Transferência, 1912 e Recordar, Repetir e Elaborar 1914, Conferência introdutória sobre Psicanálise, 1916-1917, os pensamentos de Freud, sobre os processos de transferência ter sofrido reformulações posteriores.

 

7.Por que não se pode transpor as técnicas da Psicoterapia Breve para adultos às crianças e o que o psicólogo deve considerar para tal indicação em crianças?

A abordagem de psicoterapia breve para criança apresenta um quadro bem diferentes encontradas em outras abordagens com relação ao trabalho com adultos. O importante desenvolvimento que a psicoterapia breve de adultos tem demonstrado não resolve esta dificuldade, nas últimas décadas, uma vez que ela serve de referência, mas não pode ser aplicada diretamente para a população infantil, pois o atendimento depende muito do desenvolvimento depende de técnicas específicas.

É preciso considerar as características próprias desta população infantil, tais como a sua condição de dependência e a conseqüente importância dos pais no processo, e as diferentes faixas etárias e fases do desenvolvimento, a psicoterapia breve infantil, concentram sua atenção diretamente sobre a dinâmica familiar. Os sintomas e as dificuldades das crianças são entendidos como resultado do Inter joga de projeções e identificações entre os pais e a criança, que resultam no que é denominado uma “área de conflito mútuo”.

A intensidade e a qualidade dessas projeções determinam o quanto o processo de individuação poderá ou não seguir seu curso, e o quanto a criança estará “aprisionada” nessa dinâmica.

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